segunda-feira, 5 de março de 2012

Espiritualidade é Oração


(Transcrito)


“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação.” Mt 26.41.



O grande teólogo da esperança, Jürgen Moltmann, comentando sobre a experiência de Jesus no Getsêmani, afirma que a oração só ganha verdadeiro sentido na vigilância. Jesus mesmo pediu aos discípulos: “permanecei aqui e vigiai”. Se de um lado Jesus luta intensamente com Deus, o Pai querido, por outro, os discípulos dormem indiferentes, mesmo sob o pedido da vigilância. Estavam num estado de torpeza, de falta de esperança. Eis a falta de vigilância. Ao invés do enfrentamento do perigo iminente, como Jesus o fez, caíram no sono mórbido.

A grande questão é que o sono dos discípulos continua atual, presente entre muitos de nós. Não sabemos orar e muito menos vigiar. No entanto, o grande desafio para os discípulos de então e para hoje é compreender que vigiar nos faz descobrir o perigo. Qual o perigo? Sobretudo o de não fazermos a vontade de Deus. Mas quando vigiamos entramos na realidade de Deus, quebrando a couraça da apatia que nos sufoca. Portanto, juntos, oração e vigilância nutrem a expectativa de que Deus vem ao nosso encontro, sempre.

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