terça-feira, 18 de maio de 2010

18 de Maio Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infanto-juvenil

Araceli Cabrebra Sanches

“Esquecer é permitir. Lembrar é combater”. Este é o slogan do 18 de maio, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infanto-juvenil. A data reafirma a importância de se denunciar e responsabilizar os autores de violência sexual contra a população infanto-juvenil. Instituído em 2000, o dia faz alusão a um crime, ocorrido no Espírito Santo, há 37 anos, em que Araceli Cabrera Sanches , então com oito anos de idade, foi violentada e assassinada.


O CASO ARACELI



Sequestrada em 18 de maio de 1973, Araceli Cabrera Sanches, então com oito anos, foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba. Muita gente acompanhou o desenrolar do caso, desde o momento em que Araceli entrou no carro dos assassinos até o aparecimento de seu corpo, desfigurado pelo ácido, em uma movimentada rua da cidade de Vitória. Poucos, entretanto, foram capazes de denunciar o acontecido. O silêncio da sociedade capixaba acabaria por decretar a impunidade dos criminosos.



Os acusados, Paulo Helal e Dante de Bríto Michelini, eram conhecidos na cidade pelas festas que promoviam em seus apartamentos e em um lugar, na praia de Canto, chamado Jardim dos Anjos. Também era conhecida a atração que nutriam por drogar e violentar meninas durante as festas. Paulo e Dantinho, como eram mais conhecidos, lideravam um grupo de viciados que costumava percorrer os colégios da cidade em busca de novas vítimas.



A Vitória daquela época era uma cidade marcada pela impunidade e pela corrupção. Ao contrário do que se esperava, a família da menina silenciou diante do crime. Sua mãe, viciada em cocaína, foi acusada de fornecer a droga para pessoas influentes da região, inclusive para os próprios assassinos.



Apesar da cobertura da mídia e do especial empenho de alguns jornalistas, o caso ficou impune. Araceli só foi sepultada três anos depois. Sua morte, contudo, ainda causa indignação e revolta. O Dia Nacional Contra o Abuso e a Exploração Sexual Infanto-juvenil vem manter viva a memória nacional, reafirmando a responsabilidade da sociedade brasileira em garantir os direitos de todas as suas Aracelis.



Lei 9.970 – Institui o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infanto-juvenil
Art. 1º. Fica instituído o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.



Texto extraído de: http://www.cedeca.org.br/

sábado, 15 de maio de 2010

O VEREDICTO

(Transcrito)



Conta-se uma antiga lenda que na Idade Média um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher.

Na verdade, o autor era uma pessoa influente do reino e por isso, desde o primeiro momento se preocupou em encontrar um “bode expiatório” para acobertar o verdadeiro assassino.

O homem foi levado a julgamento já temendo o resultado: a forca. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta história.

O juiz, que também estava combinado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado que provasse sua inocência.




Disse o juiz:

-“ Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos do Senhor. Vou escrever num pedaço de papel a palavra INOCENTE e no outro pedaço a palavra CULPADO. Você sorteará um dos papéis e aquele que sair, será o veredicto. O Senhor decidirá seu destino.” – determinou o juiz.

Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu CULPADO. De maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance do acusado se livrar da forca. Não havia saída, não havia alternativas para o pobre homem. O juiz colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um.

O homem pensou alguns segundos e pressentindo a “vibração” aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou na boca e engoliu. Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.


-“Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber qual seu veredicto?”

- “É muito fácil.” – respondeu o homem – “Basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberemos que acabei engolindo o contrário”.

Imediatamente o homem foi liberado.

MORAL DA HISTÓRIA:

Por mais difícil que seja uma situação, não deixe de acreditar até o último momento. Saiba que para qualquer problema, há sempre uma saída.
Não desista, não entregue os pontos, não se deixe derrotar.
Persista, vá em frente apesar de tudo e de todos, creia que pode conseguir.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

CONVITE PARA VOCÊ EXPERIMENTAR DROGAS

(Transcrito)


Antes de me usar, acho bom você me conhecer.
Quero que saiba quem sou na verdade, o que faço com aquele que se aproxima de mim e como irá se sentir depois que entrar em contato comigo.

Eu não tenho nome ou sobrenome, sou batizada a toda hora e a todo instante por aqueles que me usam. Não tenho amigos, pois consigo destruir todos aqueles que se arriscam chegar perto de mim. Nem sempre vou ao extremo, mas, faço questão de deixar as pessoas sem identidade, sem razão e sem sentimentos.

Os que me tomam como companheira, são aqueles de coração amargurado, abandonados por todos, solitário. Eles procuram em mim a fuga para seus problemas. No princípio isso parece possível. Juntos, eu e você faremos uma “viagem fantástica”, só preciso que você se entregue por inteiro para eu mergulhar no seu corpo e deixar nele minha marca definitiva.

A magia dessa viagem fará com que você nunca mais me deixe, e então, quando menos esperar, serei sua dona e você nunca mais conseguirá viver sem mim. Até que um dia, uma dose a mais, colocará enfim tudo pronto.

Se quiser, me procure. Estou pronta para tirar sua paz, sua liberdade e sua vida.


Atenciosamente,


A Droga

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A Minha Mãe

Eu e minha mãe Alice em 2008


“Mãe não se escolhe, é Deus quem encaminha. Se eu pudesse escolher, claro que eu escolheria a minha”.


Todos os anos as pessoas comemoram um dia específico em homenagem às mães: o 2º domingo do mês de maio. Acho importante que se tenha essa data, mas muito mais importante é que todos os dias do ano as mães sejam bem tratadas, respeitadas e amadas, pois sem elas nós não existiríamos. Que elas não sejam lembradas apenas como um apelo comercial resultando numa correria absurda em busca de um presente, mas sim, como um ser sublime e especial.

Hoje quero compartilhar com vocês sobre uma mulher mais que especial, a quem devo tudo o que sou: a minha mãe!

As primeiras lembranças que tenho de minha mãe é de seu desespero ao pensar que eu pudesse ter sido levada por alguém, quando aos 03 anos eu “fugi” de casa e fui fazer uma turnê pela vizinhança. É esse o resultado de deixar portão aberto por descuido com criança pequena em casa. Alguém saiu e esqueceu o portão aberto e eu prontamente “aproveitei” rsrs. Como minha mãe sempre foi muito cuidadosa e eu era muito articulada desde cedo, eu sabia informar quem eu era e quem eram meus pais. Então, uma senhora me reconheceu e percebeu que eu estava “perdida”, começou a me fazer perguntas e resolveu me “devolver” pra minha mãe. Ainda lembro da cena do encontro com minha mãe, a emoção e o alívio que ela sentiu quando me pegou novamente em seus braços. Depois desse episódio cheio de adrenalina muitas outras coisas nós vivenciamos juntas. Alguns momentos tristes, preocupantes, mas também momentos de muita emoção.

Minha mãe é uma mulher guerreira, criou 04 filhos sozinha, numa época em que pais separados era como uma doença contagiosa, mas ela soube com muita sabedoria nos educar e nos tornar cidadãos de bem sem que essa situação nos afetasse ao ponto de nos sentirmos excluídos. Ela sempre foi muito cuidadosa com o nosso crescimento, tanto físico, quanto intelectual e espiritual. Com minha mãe aprendi a orar para agradecer a Deus por tudo o que Ele faz em nossas vidas; aprendi a respeitar os mais velhos e os que exerciam alguma autoridade sobre mim; aprendi que se deve ceder o assento aos idosos e gestantes; aprendi a apreciar a música, já que eu sempre a ouvia cantando como um rouxinol; enfim, minha mãe com toda a sua simplicidade conseguiu incutir tudo de bom e honesto que um ser humano deve ter dentro de si.

Minha mãe sempre esteve presente em momentos importantes de minha vida: como professora, me auxiliando em minhas lições; como enfermeira, cuidando dos meus machucados; como psicóloga, ouvindo meus problemas e me dando conselhos; como fã, sempre me apoiando em minhas empreitadas teatrais na escola, era a 1ª da fila; como amiga, pois era a minha companheira em muitas de minhas aventuras. Cheia de vida, ativa, divertida, conquistava meus amigos que passavam a ser amigos dela também, assim era a minha mãe.

Mas, a vida nos prega peças que nos fazem inverter os papéis. Como conseqüência de um AVC hoje eu tenho sido a mãe e ela a minha filha. Minha vida deu um giro de 180°, hoje a minha prioridade tem sido ela, meus planos para o futuro no momento vão ter que esperar, porque não posso deixar em segundo plano quem dedicou a sua vida pra cuidar de mim.

Hoje dedico esta matéria àquela que é a pessoa mais importante de minha vida, a minha mãe Alice, ou mãinha como eu a chamo. Por mais que eu procure palavras para expressar tudo o que eu sinto por ela e o que ela representa para mim ainda assim seriam insuficientes.