sábado, 15 de maio de 2010

O VEREDICTO

(Transcrito)



Conta-se uma antiga lenda que na Idade Média um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher.

Na verdade, o autor era uma pessoa influente do reino e por isso, desde o primeiro momento se preocupou em encontrar um “bode expiatório” para acobertar o verdadeiro assassino.

O homem foi levado a julgamento já temendo o resultado: a forca. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta história.

O juiz, que também estava combinado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado que provasse sua inocência.




Disse o juiz:

-“ Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos do Senhor. Vou escrever num pedaço de papel a palavra INOCENTE e no outro pedaço a palavra CULPADO. Você sorteará um dos papéis e aquele que sair, será o veredicto. O Senhor decidirá seu destino.” – determinou o juiz.

Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu CULPADO. De maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance do acusado se livrar da forca. Não havia saída, não havia alternativas para o pobre homem. O juiz colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um.

O homem pensou alguns segundos e pressentindo a “vibração” aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou na boca e engoliu. Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.


-“Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber qual seu veredicto?”

- “É muito fácil.” – respondeu o homem – “Basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberemos que acabei engolindo o contrário”.

Imediatamente o homem foi liberado.

MORAL DA HISTÓRIA:

Por mais difícil que seja uma situação, não deixe de acreditar até o último momento. Saiba que para qualquer problema, há sempre uma saída.
Não desista, não entregue os pontos, não se deixe derrotar.
Persista, vá em frente apesar de tudo e de todos, creia que pode conseguir.

4 comentários:

Unknown disse...

Muito linda essa história!!!

Nalva Mesquita disse...

É Vau, em material de simulação, dissimulação, "bodes expiatórios", falsos testemunhos etc., o ser humano é especialista. Recentemente, recebi um e-mail sobe o caso de Tarsila e Eduarda e lamento dizer que é um exemplo que se encaixa muito bem na sua história. Peço a Deus para que intervenha, pois não acredito que os acusados sejam culpados. Fico pensado na tragédia de ser condenado por um crime que não se cometeu. Deve ser uma sensação terrível de desespero. Às vezes, quando algúem nos acusa de ter feito ou dito algo nos sentimos desconfortáveis, tristes e angustiados. Que dizer, pois, de ser privado da liberdade? Por isso, antes da justiça humana, peço a Deus que esteja ao lado daqueles que estão sob algum tipo de acusação indevida, injusta e inverídica.
Parabéns! Bjs!

Angela Vauthier disse...

Nalva, também acredito na inocência dos kombeiros. Se tivessem culpa no cartório não teriam voltado para o mesmo lugar onde residem há anos, a primeira atitude seria fugir do Estado.

Também acredito que deve ser uma tortura pagar por um crime que não cometeu e levar pra sempre a mancha de uma culpa que nunca foi sua.

Que a justiça nessa caso Tarsila e Maria Eduarda seja feita, mas a "verdadeira justiça".

Kennedy Jeremias - Depois dos 30! disse...

É... Eu sei que o texto me manda acreditar e não desistir... Mas diante dos fatos...