sexta-feira, 9 de abril de 2010

A Difícil Arte de Perdoar




Todos nós passamos por momentos em nossas vidas que precisamos perdoar e sermos perdoados. Quantas vezes nos nossos momentos de discussão dizemos coisas que ofende a quem amamos e voltamos atrás e queremos ser perdoados porque não era aquilo que a gente queria falar naquele momento, estávamos de “cabeça quente” e quando somos perdoados sentimos uma gostosa sensação de alívio.

Mas e quando é o contrário? Será que temos a mesma disposição pra perdoar quando somos ofendidos? É muito difícil não é mesmo? A ofensa é uma dor que não quer passar, sempre fica voltando aquele “filme” em nossa mente e algo mais forte do que nós, nos diz pra não perdoar porque a ferida não sarou ainda.

E ainda existe uma ferida mais complicada que tende a não sarar tão rápido, como uma úlcera nervosa, é quando alguém que nós amamos nos é tirado brutalmente por um assassino. Como é difícil a gente dizer que perdoa essa pessoa, a nossa vontade é querer vingança (justiça para muitos tem esse significado), fazer com nossas próprias mãos o que o criminoso fez com nosso ente querido. Mas aí surge o questionamento: devemos nos rebaixar ao mesmo nível dele? E o que vamos fazer com os ensinamentos de Cristo que nos manda perdoar 70 x 7 a mesma pessoa? Difícil não é mesmo?

A Bíblia nos dá exemplos de pessoas que erraram e foram perdoadas não apenas por Cristo (pois nós podemos dar a desculpa que Ele perdoou porque é um Deus), mas por seres humanos como nós: Esaú perdoou a Jacó seu irmão por ter lhe tomado a primogenitura (Gn 33); José perdoou seus irmãos por terem lhe vendido como escravo (Gn 45) e todas as pessoas que Jesus Cristo perdoou durante o Seu ministério aqui na terra, até mesmo o ladrão que estava ao Seu lado na cruz (Lc 23). Por que será que nós temos a tendência de não querer seguir esses exemplos de perdão? Mas não podemos esquecer que todas as pessoas que foram perdoadas pagaram o seu preço, Jacó sofreu mais de 14 anos a exploração de trabalho por parte de seu sogro Labão; os irmãos de José sofreram a angústia de achar que ele estava morto durante anos e ainda passaram por momentos de tortura psicológica até que José revelasse sua verdadeira identidade; e o ladrão da cruz mesmo recebendo o perdão de Cristo não escapou de sua sentença: a morte.

No nosso país temos as leis penais e as paralelas, infelizmente, pois toda pessoa que passar por um presídio nunca mais conseguirá se livrar dessa mancha, mesmo que tenha pago toda a pena imposta em sua condenação.

O Conselho Nacional de Justiça lançou a campanha COMEÇAR DE NOVO, onde incentiva as empresas darem uma nova chance a um ex-presidiário para trabalhar, evitando assim que ele volte ao mundo do crime. Mas será que os empresários e nós mesmos como cidadãos comuns estamos prontos e dispostos a dar essa segunda chance, se todos nós temos a tendência de nos tornar juízes e decretar sentenças eternas?

Não quero com isso dizer que a pessoa não deve ser presa pelo crime que cometeu e apenas ser perdoada e pronto. Nada disso. Deve pagar sim pelo crime e cumprir a sentença imposta pela justiça, mas depois de tudo pago não precisa carregar eternamente essa condenação. O interessante é que nós só condenamos e perdoamos a quem nos convém.

Digo isto porque ao assistir ontem 08/04 na TV a entrevista (se é que podemos chamar de entrevista, pois estava mais pra um novo julgamento) com o ex-ator Guilherme de Pádua no SBT, percebi o quanto isso é real. Pois, por mais que ele tenha mostrado que hoje é uma nova pessoa, que pagou sua pena de acordo com as nossas leis (que sabemos que necessita de reformulações, mas é a que temos que cumprir), e que ao contrário de muitos, ele não voltou a praticar crimes, mas tem trabalhado para recuperar vidas que estão na marginalidade, foi tratado como um assassino frio, calculista, psicopata e acusado de que estava atuando o tempo inteiro na entrevista. Tudo porque a vítima era filha de alguém influente e ele um desconhecido recém-chegado na mídia. Engraçado que essa emissora, o SBT, passou quase 06 meses tentando convencê-lo a romper o silêncio e mostrar quem ele é hoje.

Mas vamos refletir um pouco, por que o Guilherme não pode ser considerado uma pessoa que pode ter uma vida normal na sociedade? Porque ele foi condenado por matar uma pessoa? Ou por causa da forma que a pessoa foi morta? Ou ainda porque a vítima era filha de uma pessoa influente? Não importa qual seja a alternativa, nesse caso, para a maioria dos brasileiros ele vai ser um criminoso sempre.
Porém, outros artistas cometeram crimes e alguns nem chegaram a ser presos e continuam na fama e recebendo os aplausos desses mesmos que condenam mais uma vez o Guilherme. Vejamos:

Em fevereiro de 2000, o cantor Alexandre Pires, na época ainda no grupo SPC, matou um homem atropelado quando dirigia o seu veículo. Foi condenado a pagar R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) de indenização à família da vítima. 10 anos se passaram e ele continua sendo um cantor de fama internacional, pois já cantou até na Casa Branca (USA). Agora pense comigo, foi preso? Não. A indenização trouxe a vida do rapaz de volta? Também não. E por que ele é ovacionado, se tirou a vida de um ser humano?

Em agosto de 2001 o cantor Renner, da dupla Rick e Renner também se envolveu num acidente de carro e desta vez duas vidas foram ceifadas. Um casal que vinha numa moto foi atropelado pelo carro do cantor e morreu. Foi preso? Não. Continua fazendo sucesso? Claro sim. As pessoas continuam comprando seus CD’s, indo aos seus shows, e ele também tirou a vida de duas pessoas.

O cantor Belo em 2002 foi acusado de estar envolvido com tráfico de drogas e em 2004 foi condenado a 08 anos de prisão. Interessante que em 2009 ele já estava com CD novo na praça e com participação internacional de uma cantora italiana. Como pode 08 anos se passar tão rápido não é mesmo? E aonde o Belo chega os fãs vão ao delírio, está em quase todos os programas de auditório, sua namorada é sempre associada a imagem dele. E as vidas que se perderam no vício e na guerra do tráfico? Tráfico esse que ele era sócio. Esqueceram?

Netinho de Paula em 2005 foi acusado de agredir a esposa com um soco no olho. 01 ano após o ocorrido é a que a Lei Maria da Penha foi sancionada, mas ele sofreu alguma punição? Creio que não. Continua fazendo shows, apresentando programa na TV, é vereador em São Paulo e agora pretende sair candidato a Senador.

Por essas e outras razões eu chego à conclusão que todos nós temos nos tornado juízes para punir e perdoar apenas aqueles que nós queremos, que nos agrada, não tendo de fato deixado que a imparcialidade esteja presente na hora de julgar ou de perdoar. Esquecemos que “A vingança nos torna iguais ao inimigo; o perdão faz-nos superiores a ele."


Angela Vauthier

17 comentários:

Anônimo disse...

Quando Deus chamou Abraão para a terra prometida, deu-lhe uma ordem: “Saia da sua terra... e vá para a terra que eu lhe mostrarei”. Abraão estava com 75 anos de idade. Aos olhos dos humanos, não parecia ser tempo para grandes mudanças, mas, aos olhos de Deus, a vida está sempre começando. O que faz a diferença é como vemos a vida. O que atrapalha a realização de um sonho? Por que erramos ou fracassamos? Por que ferimos quem mais amamos? A falta de conhecimento, de fé, de generosidade, de esperança, atitude de arrogância, de prepotência, de impaciência.. . podem ser algumas das respostas. O que fazer, então? Recomeçar do zero! Pedir perdão ao próximo alivia muito, mas nem sempre o próximo vai cooperar. Pedir perdão a Deus é um excelente começo! Porque em muitos casos o sofrimento ocorre como conseqüência às opções que fazemos ou ao caminho que escolhemos seguir. Às vezes sofremos tanto, simplesmente, porque desejamos o que não pode ser desejado, queremos o que não é possível e investimos nossas energias em algo que jamais será nosso! Uma canção antiga, baseada em um versículo de Provérbios, que diz “há caminhos que ao homem parecem direitos, mas o seu fim é amargo como a morte”. Quando algo assim acontece choramos, choramos e lamentamos muito e, em alguns casos, não há como voltar atrás e refazer o malfeito. Infelizmente, a palavra “irremediável” existe e é bastante usada por nós, pobre mortais! Afinal, não somos Deus para mudar o homem – mas nada nos impede de acreditar que alguém pode mudar. Deus nos abandona? E a resposta vem em seguida, clara e esplêndida: Deus não nos abandona nunca! Nós é que o abandonamos quando fazemos o que não é correto, quando agimos sem honra e bom senso!
Certo vez cometi um erro muito grave! Magoei quem jamais poderia ser objeto dos meus delírios verborrágicos! Fui cruel, indigna e má! Usei a Palavra para diminuir um ser humano esplendido. Passei pelo vale das lágrimas, sofri muito... E eu que, na minha vida, sempre me orgulhei de ser sempre a ferida, a magoada, a certinha, a boazinha, a “senhora quase perfeita”, me dei muito mal!

Diante de algumas alternativas “fáceis” para acabar com tantas lágrimas e de pensar em formas de autocastigo, resolvi procurar Deus e, em nossa conversa, lembrou-me que eu mesma havia prometido “pagar o preço” que fosse necessário para trilhar aquele caminho, cujo destino não seria outro, senão o sofrimento! Perguntei, então, se havia jeito para a situação. Deus, gentilmente, disse que não! Mas que para mim havia solução: “seja paciente, suporte as humilhações, aprenda com a solidão, o sofrimento dói, mas traz vitória, tenha esperança, fé, amor, renove seu pacto Comigo e... pague o preço. Afinal de contas, Eu sou o Senhor teu Deus, que te toma pela tua mão direita, e te diz: Não temas Eu te ajudarei. O amigo que você precisa sou Eu, ninguém pode ocupar o Meu lugar.”
Suspirei, aliviada. Obrigada, Senhor! Vou recomeçar...

Bjs, Angela!

Nalva Mesquita
Recife - PE

Unknown disse...

Angela,
Estou trêmula, agora, neste exato instante depois de ler um texto tão bem escrito como este seu cujo tema foi profundamente explorado...Não conhecemos ainda a medida exata da Justiça. É difícil acreditar nela num mundo em que a maioria é esquecida. Mas, creio que a mãe da atriz assassinada pelo Guilherme de Pádua, embora na mídia, deva estar sentindo a mesma dor da Maria da favela, que perdeu sua única filha estuprada e brutalmente assassinada... A dor iguala as pessoas, assim como a morte.
Ratinho se utilizou deste moço para chamar audiência (se a emissora fosse tratar deste assunto com seriedade e responsabilidade convocaria um mediador ou conciliador que entendesse das questões e emoções humanas); o moço se expôs para tentar reconquistar a mesma mídia que ele "atingiu"... Uma medição de forças. Agora, mesmo cristã como sou, precisaria ser numa qualidade maior para estar pronta para sentir este tipo de dor, esta forma de dor, este jeito de dor e conseguir perdoar... Páro um pouco e percebo que ela, como muitas mães, possuem mil razões para nunca querer perder um filho desta maneira, o homem só precisa de uma razão para matar desta maneira... Vc escreveu maravilhosamente bem, se expressa de forma envolvente, mas olho o Guilherme e me lembro do jovem que matou a Eloá, lembro do outro que matou a sangue frio sua ex-esposa cabeleleira, etc., no fundo, não me prendo mais neles ou se terão justiça ou não, penso com dor nas pessoas que foram, como foram, porque foram... tudo é imenso demais para um ser humano que não esteja muito revestido de Deus suportar e perdoar.
Parabéns pela postagem. Saudades!

Unknown disse...

... Angela, só como complemento da minha opinião: os homens são movidos hj em dia pela emoção. A razão parece saturada. Lembro que na época que aconteceu este triste caso com a Daniela x Guilherme, a jovem atriz estava cotada para ser a atriz revelação do ano, independente de quem ela era filha, ela se superou no seu trabalho, assim sendo, houve uma grande empatia entre ela e o povo, esse mesmo "povão" que tem dificuldade de perdoar porque raramente esquece. Como a Isabella Nardoni se transformou na netinha de todos, na filhinha de todas as mulheres, a Daniela também exerceu sobre o povo brasileiro esta empatia, uma certa influência da filha que estava "dando certo", embora não precisasse... juntando isso, a grande campanha que a mãe famosa fez para ver o assassíno atrás das grandes, coisas que aqui no Brasil parece ter sido feita só para pobres. Houve uma jogada aí. O Ratinho fazendo polêmica por estar ciente de que o povo não havia esquecido... e o moço por querer se explicar e se sentir aceito e perdoado. Se vivermos mais, e o Ratinho também, daqui à alguns anos ele irá tentar por meses e meses à fio levar os Nardonis ao seu programa quando saírem da prisão. Porque ele sabe exatamente o que a opinião pública pensa sobre eles, e porque precisará, como sempre, de audiência para se manter no programa. E os Nardonis sentindo a necessidade de se verem perdoados... Beijos!

Unknown disse...

Querida, não precisa publicar esses comentários, caso não queira, mas me lembrei agora dos outros pontos do seu Post... Aqueles outros que fizeram a mesma coisa, a salvo o instinto de crueldade, a justiça nossa é tão precária e o perdão tão relativo que eles , os que cometeram as atrocidades, são os que exercem empatia sobre as pessoas. Os que sofreram eram os "desconhecidos"... aí a gente percebe, como vc escreveu, só tendo de Deus realmente para ter o equilíbrio certo e decidir pela verdade em coerência com a Palavra porque o coração humano É ENGANOSO... My God! Desta vez eu enchi tua paciência... rsrsrs... Beijos, querida!

Kennedy Jeremias - Depois dos 30! disse...

Pois é... Nos últimos tempos tenho levado como princípio de juízo o que a maravilhosa Clarice Lispector disse certa vez: "quem de nós não é fruto do acaso?"
É por motivos que não entendemos que chegamos a caminhos antes inimagináveis. Quem matou a atriz foi o Guilherme... Mas poderia ter sido o João, o Raul, a Zefinha, eu, meu irmão..
E se fosse meu irmão?
Sendo assim, dou ouvidos a Clarice, e vou logo perdoando... Pois por acaso, e apenas por acaso, o réu poderia ser eu!

O pregador disse...

A bem da verdade,mesmo que outros estejam pasmos diante de tão bela abordagem, entretanto essa é a pessoa que eu conheço.
Vau estava com saudade da tua inteligência. Deus continue te abençoando.
Samuelsinho!!!!

Unknown disse...

Ola, agradeço ao comentário que fez lá no blog!!

Hoje é muito difícil perdoar!
Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz, a luz do perdão!

Fica na paz!!

Unknown disse...

Parabens, Angela! Vc foi coerente e inteligente num tema bastante delicado. O Guilherme já pagou mesmo e sabemos que Deus pode e já o perdoou, mas acho que não deveria se expor. Creio que ele desejou "aparacer" na mídia. Dica: procure limitar tamanho dos comentários, para que não se tornem outros "artigo". Comentário é comentário. Fica com Deus

Angela Vauthier disse...

Nalva, também já me senti a "senhora certinha" numa época de minha vida, mas Deus me colocou no deserto pra eu aprender que a maravilhosa graça dEle é muito maior do que eu possa imaginar e que eu deveria olhar os outros não com os meus olhos mas com os olhos dEle. É difícil, é um aprendizado longo, ainda estou nas primeiras séries.

Angela Vauthier disse...

Nita, concordo com você sobre o Ratinho querer apenas audiência com esse caso, como eu mesma escrevi pra ele, o tema central da entrevista fugiu completamente e focou-se apenas no crime e não na segunda chance. E outra coisa, foram condenados o Guilherme e a ex-esposa, mas ninguém se lembra dela não é verdade? Lamentável! Ficaram 06 meses insistindo com ele para no final a entrevista ser aquele fiasco.

Angela Vauthier disse...

Kennedy, obrigada por seu comentário. Só não concordo com a frase que somos "frutos do acaso". Fomos feitos pelas mãos poderosas de Deus. Creio que o mais correto seria dizer que somos "vítimas do acaso", pois como você disse, todos nós estamos sujeitos a cometer o inimaginável.

Angela Vauthier disse...

Samuelzinho!Saudades!
Como sempre, você e suas palavras gentis.

Abraços!

Angela Vauthier disse...

Agradeço ao blog Projeto Você Para Deus por marcar presença aqui. Gostei muito do trabalho de vocês, estão de parabéns!

Angela Vauthier disse...

Márcia, obrigada pelo comentário e pela dica, muito válida. Acredito que o Guilherme não foi com o intuito de aparecer apenas, acontece que ele ficou impedido de dizer a verdade por ter sido ameaçado de processo.

Anônimo disse...

Angela que Deus continue a lhe abençoar e que mensagens como esta escrita por você façam as pessoas refletirem e que nós devemos sempre amar e perdoar a todos.

Ana claudia disse...

Olá! Graça e paz . Passando para conhecer seu espaço e parabenizá-la pelos bons conteúdos. Em Mateus 18 fala claramente sobre o perdão, o que não é uma coisa simples, porém necessária. Se não perdoamos não podemos também recebê-lo é um processo muitas vezes doloroso, principalmente se a ferida for muito grande. Mas uma coisa que me trás temor é pensar que o fato de não perdoarmos pode nos deixar entregues aos verdugos, a tortura como aquele servo que não perdoou. E tortura é agonia do corpo e da mente e os que instigam esta tortura são espiritos aprisionadores aos quais abrimos a porta quando não liberamos perdão, isto é sério, né? Falo por experiência prória, pelo dificil processo nesta área, mas é maravilhoso saber que temos um grande amigo ajudador, o Espirito Santo e com ele é ´possível. A decisão é nossa mas a força para permanecer nesta decisão vem dele. Nossa tendencia ao orgulho é tão grande e acabamos por vermos somente a nossa dor e mantermos aquele que nos feriu em divida eterna conosco, mas Deus está me ensinando e está sendo muito doído.Porém a minha escolha é obedecer, escolho a vida e não a morte. Que o amigo Espirito Santo nos ajude.
Semana de conquistas pra vc e se quiser nos visitar será uma alegria. Tenho uma postagem cujo titulo é:O Monstro Leviatã, que fala sobre perdão e se um dia nos visitar dê uma conferida , paz.
blogdamulhercrist.blogspot.com

Kennedy Jeremias - Depois dos 30! disse...

Algelmix, a Clarice Lispector usava uma linguagem muito enigmática...
E por não ser uma escritora científica é que o texto dela nos permite tantas vasões de interpretações!
O que a torna ainda mais super power para mim! rsrsrsr
Clarice levava dentro dela uma das minhas visões do mundo...
Bjs!