sábado, 10 de maio de 2008

CUIDADO COM A LÍNGUA


A LÍNGUA (Transcrito)

Há mais de dois mil anos, um rico mercador grego para provar as qualidades de seu escravo, chamado Esopo, deu a seguinte ordem:

“ - Aqui está este saco de moedas. Vá ao mercado e compre o que houver de melhor para um banquete. A melhor comida do mundo!”

Esopo, apesar de feio e corcunda, tinha muita sabedoria. Pouco tempo depois, Esopo voltou ao mercado e colocou sobre a mesa um prato coberto por fino pano de linho. O mercador levantou o paninho e ficou surpreso:

- “O quê? Língua?!”
- “Nada como uma boa
língua que só os pastores gregos sabem preparar”, respondeu o escravo.
- “Mas por que escolhestes justamente a língua como a melhor comida do mundo?”

O escravo, de olhos baixos, pôs-se a explicar.

- “O que há melhor que a língua, senhor? A língua é que nos une a todos, quando falamos. Sem língua não poderíamos nos entender. A língua é a chave das ciências, o órgão da verdade e da razão. Graças à língua é que se constroem as cidades; graças à língua podemos dizer o nosso amor. A língua é o órgão do carinho, da ternura, do amor, da compreensão. É a língua que torna eternos os versos dos grandes poetas, as idéias dos grandes escritores. Com a língua ensinamos, persuadimos, instruímos, e falamos com Deus. Com a língua dizemos ‘mãe’, ‘querida’ e ‘Deus’. Com a língua dizemos ‘eu te amo!’. O que pode haver melhor que a língua, senhor?”

O mercador levantou-se entusiasmado:

- “Muito bem, Esopo! Realmente tu me trouxeste o que há de melhor. Toma agora esta outra sacola de moedas. Vai de novo ao mercado e traze o que houver de pior, pois quero ver a tua sabedoria”.

Mais uma vez, depois de algum tempo, o escravo Esopo voltou do mercado trazendo um prato coberto por um pano. O mercador recebeu-o com um sorriso:

- “Hum... já sei o que há de melhor. Vejamos agora o que há de pior...”

O mercador quando descobriu o prato, ficou indignado:

- “O quê?! Língua? Língua outra vez? Não disseste que a língua era o que havia de melhor? Queres ser açoitado?”

Esposo baixou os olhos e respondeu:

- “A língua, senhor, é o que há de pior no mundo. É a fonte de todas as intrigas, o início de todos os processos, a mãe de todas as discussões. É a língua que separa a humanidade, que divide os povos. É a língua que usam os maus políticos quando querem nos enganar com suas falsas promessas. É a língua que usam os vigaristas quando querem trapacear. A língua é o órgão da mentira, da discórdia, dos desentendimentos, das guerras, da exploração. É a língua que mente, que esconde, que engana, que explora, que blasfema, que insulta, que mendiga, que xinga, que bajula, que destrói, que calunia, que vende, que seduz, que corrompe. Com a língua, dizemos ‘morre’, ‘canalha’ e ‘demônio’. Com a língua dizemos ‘eu te odeio!’. Aí está senhor, porque a língua é a pior e a melhor de todas as coisas!”


Este texto é interessante, mas a Bíblia também nos alerta quanto ao uso da língua em Tiago 3:1-12.
Que nós possamos aprender a usar a nossa língua para o bem, aprendendo com os erros e não permitindo que os mesmos se repitam.

2 comentários:

Cleia Katiucya disse...

Lembrei de uma música da Fernanda Brum:
"A palavra tem poder, ela pode abençoar, trazer benção pra você, mas também pode amaldiçoar, se profetizares maldição, maldição então terá.
Então tenha cuidado com a boca, cuidado com a língua, cuidado com o que falar.Diga palavras de consolo, palavras de conforto, palavras que transmitam o amor de Jesus."

Até o tolo quando se cala é tido por sábio. Então...

Deus te abençoe muitíssimo, amigamada.
Você é muito especial na minha vida.Sua amizade é presente de Deus.Te admiro muito, entre outras coisas por sua sabedoria.Que o Senhor te acrescente cada instante mais.

Cleia Katiucya disse...

"A condição soberana do saber é o silêncio"
Muqaffa, Ibn