(Transcrito)
“Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens.” Mt 23.4
O legalismo é um
caldo mortífero que adoece e neurotiza a família e a igreja em nome da verdade.
Os legalistas coam mosquito e engolem camelo. Brigam por aquilo que é secundário
e transigem com aquilo que é essencial. Em nome do zelo espiritual ferem
pessoas, perturbam a paz e quebram os vínculos da comunhão. Os legalistas agem
como os fariseus que acusavam Jesus de pecado por curar no dia de sábado, mas
não viam seus próprios pecados quando tramavam a morte de Jesus no
sábado.
Os legalistas são
aqueles que reputam a sua interpretação das Escrituras como infalível e atacam
como os escorpiões do deserto aqueles que discordam da sua visão extremada,
chamando-os de hereges. O legalismo é fruto do orgulho e desemboca na
intolerância. Em nome da verdade, sacrifica a própria verdade e insurge-se
contra o amor. O legalismo é reducionista, pois repudia todos que não olham para
a vida pelas suas lentes embaçadas. O legalismo professa uma ortodoxia morta;
uma ortodoxia sem amor e sem compaixão. Acautelemo-nos desse caldo
mortífero.
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