Por Angela Vauthier
I Sm 17.41-41
Na vida enfrentamos desafios
que muitas vezes se apresentam tão grandes que mais parecem GIGANTES, quase que impossíveis de
vencê-los. Esses gigantes se colocam à nossa frente de várias maneiras: enfermidades, desemprego, frustração,
solidão; e nos sentimos tão pequenos, tão indefesos, que às vezes agimos
como os soldados de Saul: ficamos atônitos e apavorados (I Sm 17.11).
Davi, menino do campo, filho
caçula, franzino, com certeza também enfrentou vários gigantes em sua vida até
se deparar com o gigante Golias.
Um dos primeiros gigantes
que ele enfrentou foi o da DISCRIMINAÇÃO.
Dos 08 filhos de Jessé, apenas Davi tomava conta das ovelhas, uma atividade
nada glamourosa, comparada à de seus irmãos que eram soldados do rei Saul,
enfrentando diversas batalhas e voltando vitoriosos.
Os irmãos de Davi eram
homens fortes, robustos, formosos, hábeis com a espada e Davi, qual a sua arma?
Uma funda. Enquanto os seus irmãos seguiam as estratégias de guerra, Davi
seguia a intuição para encontrar água pura e pastos verdes para suas ovelhas;
afinal, se elas comessem pasto estragado e bebessem água contaminada morreriam
e ele seria o culpado por não ter cuidado com o zelo que era devido.
Mas quando Deus escolhe
alguém para usar e exaltar, não importa a sua simplicidade, mas sim, o seu
coração disposto a Lhe obedecer, amar e servir. E foi isso que Deus viu em Davi (I Sm 16.7b).
Davi também enfrentou o
gigante do DESPREZO (I Sm 17.28-30).
Com certeza seus irmãos não devem ter ficado contentes por ele ter sido o
escolhido para ser o rei de Israel.
Um outro gigante que Davi
precisou enfrentar foi o de ESPERAR EM
SILÊNCIO. Nem todo mundo consegue se calar e esperar o momento certo para
falar das promessas que Deus lhe fez. Falam precipitadamente e muitas perdem a
bênção por não colocar em prática o que diz em Ec 3.7b que existe “o
tempo de calar e o tempo de falar”.
Davi foi escolhido por Deus
para ficar do lado de Saul lhe servindo como levita para que o espirito maligno
fosse expulso sempre que ele tocasse a harpa. Com certeza não foi fácil para
Davi, já ungido a rei, ficar lado a lado com o rei Saul e não poder dizer que
seria o seu sucessor, afinal, pela linhagem hierárquica o trono pertencia a
Jônatas.
Porém o Senhor nos fala em
Is 55.8 que “os Seus pensamentos e os Seus caminhos não são iguais aos nossos”.
Era necessário Davi ter livre acesso no palácio para assim conhecer toda a logística
e os protocolos diplomáticos de um palácio. Davi precisava vencer o gigante da INEXPERIÊNCIA.
O Deus que escreve a
história de cada um, havia preparado uma maneira especial para que Davi fosse instruído
a respeito da conduta de um rei e como governar um povo: o tornou amigo de
Jônatas (I Sm 18.1-3). Claro que esse foi o meio que Deus planejou para que
Davi pudesse estar constantemente no palácio para o seu aprendizado, pois qual
o acesso que um simples pastor de ovelhas teria nas dependências do palácio do
rei Saul? Como amigo do príncipe e protegido do rei, ninguém podia proibir o
acesso de Davi no palácio.
A vida de um guerreiro é uma
batalha constante. Enquanto se preparava para se tornar um rei habilidoso, Davi
enfrentou um outro gigante: o da INVEJA (I Sm 18.5-9). Com certeza não foi fácil
para Davi conviver com alguém possesso, invejoso e que ainda ocupava um lugar
que estava reservado para ele. Saul fez de tudo para acabar com Davi, mas
quando Deus tem planos para alguém nada e nem ninguém pode atrapalhar (I Sm 18.12-14).
O diabo não desiste fácil de
seus intentos e fez Davi enfrentar mais um gigante: o da MALDADE. Saul planejou mais uma vez matar Davi e dessa vez de
maneira covarde (I Sm 18.17-30). Por diversas vezes Saul tentou matar Davi, mas
o diabo não pode tocar naquele que Deus escolheu e ungiu (Jr 54.17).
Até se sentar no trono como
rei de fato e de direito, Davi teve que enfrentar vários gigantes interiores
como: medo, angústias, complexo de
inferioridade. Após assumir o trono, enfrentou tantos outros, como o do REMORSO pelo pecado com Bate-Seba (II
Sm 12.7b-14); o gigante do DESGOSTO
por causa do pecado de seu filho Amnon e a vingança de morte feita por Absalão
(II Sm 13.30-32,37); o gigante da TRAIÇÃO
por parte do próprio filho (II Sm 15.1-12); e por fim, o gigante da FALTA DE VIGOR (I Rs 1.1-4).
Assim como Davi, nós também
enfrentamos esses mesmos gigantes, mas cabe a nós vencermos ou sermos vencidos.
Diante de Golias, Davi não olhou para a sua falta de habilidade e muito menos
para sua estatura, ele apenas confiou no Deus a quem ele servia e sabia que o
Senhor estava no comando da batalha.
Não foi a técnica de Davi ao
lançar a funda que matou Golias, mas foi a sua fé de que Deus conduziria a
pedra para atingir o ponto certo e mortal.
Não devemos desanimar diante
da batalha, pois o General de Guerra que nunca perde, está conosco (Êx 14.13a-14)
e nem esquecer que 01 com Deus é maioria (II Rs 6.15c-17).
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